Domingo 07 de fevereiro de 2021.
Há quase um ano o universo paralisou, porém a natureza continua pulsando. Ela vibra, os pássaros voam, os peixes nadam, a chuva cai e a lua continua mudando de fases.
Por aqui nas terras de Minas podem-se apreciar as nuances volumosas das serras e montanhas, a fauna do cerrado e sua vegetação.
Neste cenário, o arco primitivo o berimbau-de-barriga continuou sendo o meu maior companheiro. Com o pulsar da natureza, cada toque é uma conexão com mãe África.
O momento é de crescimento interior, de silenciar, pausar, escutar outros sons. Não esse som do mundo externo, da saturação moderna.
Optei ainda mais por aproximar do silêncio, da pausa musical, de não ter pressa e não deixar a ansiedade vencer a consciência.
Entendi que, máscaras de pano não suportam aglomeração, não é momento para “quebrar protocolos” e ficar nos expondo a algo que não vemos, mas que nos enxerga e nos leva aos leitos lotados, para uma disputadíssima busca ao oxigênio.
Que cada um possa erguer o seu instrumento de resistência, permitir uma relação mais profunda com a natureza, que todos sobrevivam, mas que nunca se esqueçam de tantos e tantas que perderem suas vidas.
Mestre Negoativo!
Imagem @ronilsonrsilva
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